sexta-feira, 24 de maio de 2013

A Revolução dos Bichos

Falar de animais sem lembrar o quanto o homem pode ser animal, é quase inevitável. Se todos os homens são iguais em aos olhos de Deus, os amimais são todos em um só corpo. Igualdade demais gera contradições que nem o homem conseguiria descrever como uma forma de diferenciar boas pessoas de péssimas pessoas. Mas de fato, algo deve ser concordado por demais em um mundo moderno e globalizado: "quatro pernas bom, duas pernas ruim". A frase resume exatamente o que o leitor lerá em todo livro: quem anda melhor, é o vilão.

Em resumo, o livro tem uma boa proposta por trás da fofura. Pois cansados de exploração que são submetidos pelos humanos, os animais rebelam-se contra seus donos e tomam posse da fazenda, com o objetivo de instituir um sistema cooperativo e igualitário. Com uma vaga lembrança do mundo real, A Revolução dos Bichos é um soco na cara das pessoas que acreditam mesmo que o mundo, sem o primeiro passo para melhorarias. O problema do mundo inteiro, não é simplesmente a falta de atitudes de muitos, e sim o que essa mesma falta pode ocasionar. Entregar o poder para quem se confia apenas por imagem, sempre foi, e sempre será o ponto máximo da incompetência humana.

Se todos são iguais na cadeia alimentar do planeta terra, para que serviria o ato de dividir? A política da história da humanidade sempre foi baseadas em divisões, e claro que George Orwell não deixaria essa característica de fora. "Todos os bichos são iguais, mas alguns bichos são mais iguais que outros" faz o leitor ter a certeza de que ser humano é muito pior do que ser um porco sádico, tanto moralmente, quanto socialmente e claro, politicamente.

Autor: George Orwell
Tradução: Heitor Aquino Ferreira
Gênero: Literatura Estrangeira
Editora: Companhia das Letras
Nota: 5,0

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