domingo, 7 de abril de 2013

Maré de Sangue

Melvin Burgess se tornou famoso pela mitologia de seus livros, sempre recheados com ficção científica e aventura. Além disso tudo, o autor também ficou famoso por quebrar tabus em seus livros para crianças e adolescentes. Em Maré de Sangue, Burgess experimenta a vingança, então é de se esperar muito sangue, assim como o título propõe. Ambientada no ano de 2200, numa Inglaterra devastada, servente como cenário de uma guerra entre gangues. As grande nações sempre tiveram problemas com gangues, inclusive as que sempre acharam que um dia poderia tomar o poder de alguma cidade importante. Isso acontece muito bem em Maré de Sangue, mas de formas mais fantasiosas possíveis. Os humanos fazem com que mutantes sejam a escória do mundo, causando mais ainda transtornos aos humanos com a resistência dos mutantes. O livro inteiro tem ótimas referências, mas Burgess consegue não deixar a imagem de cópia, muito menos plágio. A vingança proposta pelo autor é simples, sem mexer em grandes motivos e mágoas de seus personagens. Esse é justamente o problema. O livro de Burgess passa a imagem de cansativo, justamente por sua trama. Por sorte, o texto não passa a imagem de péssima adaptação cinematográfica. As descrições do altor por cenários, figurinos e até criaturas são dignas de uma bela produção.

Se Burgess fosse um ótimo escritor, com toda certeza o livro valeria muito a pena, mas ele não é. Talvez tenha sido o tema, ou o desenvolver da trama, mas de fato, ele se perde nas próprias linhas. A Maré de Sangue tão esperada, pode passar despercebida pelo leitor se ele não tiver vontade de ler o livro até o final. A vontade explicita de fazer um livro repleto de "cenas" de ação também atrapalha a narrativa. No meio de algum diálogo, sempre aparece alguém para estragar as explicações. O livro tinha tudo para ser bom, se não resumisse apenas em poder.

Autor: Melvin Burgess
Tradução: Daniel Frazão
Gênero: Literatura Estrangeira/Fantasia/Ficção Científica
Editora: Rocco
Nota: 3.0

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